Benefícios das Práticas Contemplativas

Atualmente existem milhares de estudos científicos sobre os benefícios das práticas contemplativas como "mindfulness" e "loving kindness" para a saúde física e mental. Além disso, pesquisas do campo da neurociência indicam muitas outras perspectivas para uma vida mais saudável e feliz.

Pesquisas sobre mindulness

Atualmente existem milhares de estudos científicos sobre os benefícios das práticas de mindfulness. Ressaltamos apenas alguns:

1. Genes e seu destino Universidade de Wisconsin Madison, Phd Dr Richard Davidson 2013. Seus genes não determinam o seu destino, especialmente se você meditar, de acordo com um estudo recente realizado por pesquisadores da Espanha, França, e da Universidade de Wisconsin Madison. O estudo colocou um grupo de meditadores praticantes de Mindfulness em uma situação bem estressante. Os genes e hormônios que geralmente disparam em resposta ao estresse permaneceram tranquilos, sinalizando uma resistência saudável por parte dos praticantes, o que pode levar a uma vida mais longa. Por outro lado, a resposta do grupo controle foi bem alta. Os meditadores não tem melhores genes, apenas adquirem com a prática, a capacidade de regular o modo como esses genes afetam seus corpos e saúde No Mindfulness praticamos a resiliência emocional ao levar a atenção a respiração, aceitar o momento presente como ele é, entendemos enfim, que nada é permanente e que a respiração é o caminho mais simples e eficiente para retomar mais rapidamente ao nosso estado natural, que é pura calma e tranquilidade.
2. Decisões racionais, Kirk U, Downar J, Montague PR Interoception drives increased rational decision making in meditators playing the ultimatum game, Frontiers in Neuroscience, 2011. Pesquisas mostram que Mindfulness pode reprogramar o cérebro para ser mais racional e menos emocional. Quando é necessário tomar uma decisão, meditadores demonstram aumento na atividade na ínsula posterior do cérebro, área relacionada ao processo racional de tomada de decisão Isto faz com que eles tomem decisões baseadas mais em fatos do que em emoções.
3. Melhora da atenção, Universidade de Harvard, 2014. Singleton O, Hölzel BK, Vangel M, Brach N, Carmody J, Sara Lazar. Change in brainstem gray matter concentration following a mindfulness based intervention is correlated with improvement in psychological well being. Este é o primeiro estudo que mostra as diferenças na estrutura cerebral entre os meditadores e não meditadores. Imagem por Ressonância Magnética revelou que meditadores experientes tiveram um córtex mais grosso do que os não meditadores. Isso foi particularmente verdadeiro para as áreas do cérebro associadas com atenção, introspecção e processamento sensorial.
4. A autorregulação e os mecanismos de alterações da substância branca induzidos pela meditação, Universidades Chinesas em colaboração com as Universidades de Oregon e Baltimore. O estudo mostra o impacto da prática de meditação sobre as conexões entre as áreas do cérebro que utilizam tensor de difusão. Depois de apenas quatro semanas de meditação, alterações na massa branca, que é fortemente envolvida na interconexão de áreas do cérebro, estavam presentes em participantes que meditavam, mas não no grupo de pessoas que se envolveram em exercícios de relaxamento. Curiosamente, essas mudanças envolveram o córtex cingulado anterior, uma parte do cérebro que contribui para a autorregulação* um aspecto importante quando as pessoas começam a se envolver com a prática da meditação.
* A autorregulação refere se à competência do indivíduo para planejar, monitorar e avaliar os seus pensamentos, sentimentos e comportamentos, controlando-os. https :://www pnas org/content/ 109 26 10570

Somos naturalmente compassivos e precisamos direcionar a nossa atenção corretamente.

Aqui seguem alguns trechos do artigo publicado pelo site Mindful, traduzido pelo Lojong.

Para que serve a amígdala (cerebral)? Uma zebra selvagem deve estar constantemente à procura de leões e outros predadores, mesmo quando está em busca de um objetivo, como procurar água ou um parceiro. Os cientistas tradicionalmente ligam essa função de observação à amígdala. No entanto, pesquisas recentes sugerem que a amígdala também está ativa quando as pessoas estão tentando atingir os chamados “objetivos apetitivos”, como o interesse de nossa zebra em beber, comer e acasalar. Como as situações ameaçadoras podem ter consequências letais, faz sentido que a amígdala esteja sintonizada para reagir a todos os estímulos amedrontadores. Mas a amígdala responde também a todos os estímulos positivos? A amígdala de nossa zebra seria ativada toda vez que ela visse uma fonte de água, mesmo que seja uma coisa boa, não uma coisa ruim? 
Cunningham e seus colegas assumiram essas questões em um estudo publicado no ano passado no Journal of Cognitive Neuroscience. Eles exibiram uma série de imagens lado-a-lado para os participantes do estudo – 15 pessoas no total – enquanto registravam a atividade da amígdala usando ressonância magnética funcional (RMf). As imagens variavam em seu conteúdo emocional (positivo, negativo ou neutro), bem como a extremidade da emoção que evocavam. A partir dos dados da RMf, Cunningham e seus colegas descobriram que imagens negativas provocaram atividade da amígdala, como esperado. As imagens positivas também funcionaram – mas apenas quando os participantes foram explicitamente orientados a se concentrar neles.
Outro estudo realizado por uma equipe que incluía Cunningham e Todorov – que será publicado este ano no livro Positive Neuroscience – descobriu que a amígdala “também pode estar no coração da compaixão”. Os pesquisadores examinaram os cérebros dos participantes enquanto eles viam fotos de pessoas que poderiam ser útil na busca de um objetivo – ou necessitando ajuda. A equipe descobriu que a atividade da amígdala aumentou quando os participantes perceberam pessoas necessitadas.
Não surpreendentemente, isso foi especialmente verdadeiro para os participantes que tiveram alto nível de empatia. Como os autores observam, outras pesquisas ligaram a capacidade de conectar-se e ajudar os outros ao bem-estar pessoal.
Em conjunto, esses estudos sugerem que os seres humanos possuem um “instinto compassivo” subconsciente – um desejo de ajudar pessoas que existem mesmo em partes do cérebro que às vezes são chamadas de “primitivas” ou “reptilianas”.
O artigo conclui: “Pessoas felizes são alegres, mas equilibradas.” O resultado desta pesquisa é que nossa amígdala não pode mais ser vista simplesmente como o centro do medo do cérebro. Em vez disso, parece que mesmo em um nível muito profundo e instintivo, estamos preparados para ver pessoas necessitadas e ajudar umas às outras – e isso pode nos ajudar a sermos felizes.